domingo, 16 de junho de 2013

Os trabalhos postados abaixo, referem-se à crônica do autor Mário Prata, chamada Avestruz.


  Avestruz  (Mário Prata)

     O filho de uma grande amiga pediu, de presente pelos seus dez anos, uma avestruz. Cismou, fazer o quê? Moram em um apartamento em Higienópolis, São Paulo. E ela me mandou um e-mail dizendo que a culpa era minha. Sim, porque foi aqui ao lado de casa, em Floripa, que o menino conheceu as avestruzes. Tem uma plantação, digo, criação deles. Aquilo impressionou o garoto.Culpado, fui até o local saber se eles vendiam filhotes de avestruzes. E se entregavam em domicílio.E fiquei a observar a ave. Se é que podemos chamar aquilo de ave. A avestruz foi um erro da natureza, minha amiga. Na hora de criar a avestruz, deus devia estar muito cansado e cometeu alguns erros. Deve ter criado primeiro o corpo, que se assemelha, em tamanho, a um boi. Sabe quanto pesa uma avestruz? Entre 100 e 160 quilos, fui logo avisando a minha amiga. E a altura pode chegar a quase três metros. 2,7 para ser mais exato.Mas eu estava falando da sua criação por deus. Colocou um pescoço que não tem absolutamente nada a ver com o corpo. Não devia mais ter estoque de asas no paraíso, então colocou asas atrofiadas.   Talvez até sabiamente para evitar que saíssem voando em bandos por aí assustando as demais aves normais.Outra coisa que faltou foram dedos para os pés. Colocou apenas dois dedos em cada pé. Sacanagem, Senhor!Depois olhou para sua obra e não sabia se era uma ave ou um camelo. Tanto é que logo depois, Adão, dando os nomes a tudo que via pela frente, olhou para aquele ser meio abominável e disse: Struthio camelus australis. Que é o nome oficial da coisa. Acho que o struthio deve ser aquele pescoço fino em forma de salsicha.Pois um animal daquele tamanho deveria botar ovos proporcionais ao seu corpo. Outro erro. É grande, mas nem tanto. E me explicava o criador que elas vivem até os setenta anos e se reproduzem plenamente até os quarenta, entrando depois na menopausa, não têm, portanto, TPM. Uma avestruz com TPM é perigosíssima!Podem gerar de dez a trinta crias por ano, expliquei ao garoto, filho da minha amiga. Pois ele ficou mais animado ainda, imaginando aquele bando de avestruzes correndo pela sala do apartamento.Ele insiste, quer que eu leve uma avestruz para ele de avião, no domingo. Não sabia mais o que fazer.Foi quando descobri que elas comem o que encontram pela frente, inclusive pedaços de ferro e madeiras. Joguinhos eletrônicos, por exemplo. máquina digital de fotografia, times inteiros de futebol de botão e, principalmente, chuteiras. E, se descuidar, um mouse de vez em quando cai bem.Parece que convenci o garoto. Me telefonou e disse que troca o avestruz por cinco gaivotas e um urubu.Pedi para a minha amiga levar o garoto num psicólogo. Afinal, tenho mais o que fazer do que ser gigolô de avestruz.

sábado, 15 de junho de 2013

Trabalho Presencial: A crônica Avestruz - Sueli Parra

Texto: O Avestruz
Autor:  Mario Prata
Proposta de Atividade:
Objetivo: Desenvolver a capacidade de leitura, compreensão, interpretação e interação.
Público alvo: 5ª série – 6º Ano

¡  Ativação de conhecimentos de mundo
¡  Antecipação ou predição de conteúdos ou propriedades dos textos
¡  Checagem de hipóteses
   
            Procedimento: Iniciar um questionamento dedutivo, formulando junto com os alunos hipóteses sobre o desenrolar da história.
           
Vocês conhecem um avestruz?
            Seria possível criar um avestruz num apartamento?
            O menino cria uma fantasia, está usando a imaginação?
            Alguém já ouviu a frase ”estômago de avestruz”, o que será que significa?

Leitura do texto.
           
            Os alunos participarão da leitura, o professor dará ênfase aos vários momentos do texto onde o autor se posiciona de maneira engraçada, irônica, sobre os fatos narrados.
Leitura do texto.
           
            Os alunos participarão da leitura, o professor dará ênfase aos vários momentos do texto onde o autor se posiciona de maneira engraçada, irônica, sobre os fatos narrados.
¡  Produção de inferências locais
¡  Produção de inferências globais
            Vocês já tinham ouvido falar sobre essas características do avestruz que o autor narra no texto?


Contexto científico




Ema



¡  Recuperação do contexto de produção do texto








¡  Definição de finalidades e metas da atividade de leitura
¡  Elementos da Narrativa: Enredo, Personagens, Tempo, Espaço e Foco Narrativo.
¡  Percepção de relações de intertextualidade
¡  Percepção de outras linguagens (imagens, som, imagens em movimento,
¡  diagramas, gráficos, mapas etc.)
¡ Assistir ao vídeo da Disney: Desenho: Tesoros Disney - Donald - El avestruz de Donald (1937)

¡  Ao final os alunos farão uma produção escrita de uma narrativa curta (crônica), onde narrarão um dia especial na vida de um jovem da idade deles.          
¡  Recuperando os elementos da narrativa:
¡  Qual será o foco narrativo?
¡  Qual será a sequência de acontecimentos?
¡  Qual será o tempo na história?
¡  Qual será o espaço onde desenrola a ação?

INTEGRANTES DO GRUPO

¡  Luciana Lambertini – EE Major Fraga
¡  Ana Cleide M. Silva– EE Ayrton Busch
¡  Carlos Oliveira – EE Sebastão Assumpção Inoc
¡  Sueli Alves S. Parra – EE Christino Cabral
¡  Sandra M. Faria Firmino – EE Major Fraga
¡  Maria Lucia Lima– EE Francisco Antunes
¡  Paulo Ribeiro     – EE  Francisco Antunes




























quinta-feira, 13 de junho de 2013

Educar não é fácil, e como já dizia Paulo Freire, “Educar é uma especificidade humana”. Situação de aprendizagem do grupo 8 Crônica Avestruz


Público Alvo: 6º ao 9º ano (Anos Finais)
Tempo previsto:  10 aulas 
Conteúdos : crônica narrativa.
Competências e habilidades: Desenvolver e ampliar as capacidades de leitura.
Estratégias: Trabalho lúdico com apresentação de imagens e pesquisas.
Recursos: Texto escrito, utilização de internet e imagens.
Avaliação: Produção de uma crônica(continuação da crônica Avestruz)
 1)      Antes da leitura do texto poderemos perguntar se eles conhecem uma Avestruz, se já ouviram falar desse animal. Faremos então uma sondagem sobre seus conhecimentos prévios. Apresentaremos então uma imagem da ave.
2)      Leitura da crônica feita pelo professor e posteriormente pelos alunos. Discussão oral.
3)      Solicitar que os alunos sublinhem no texto palavras e expressões desconhecidas. Com a ajuda de um dicionário trabalhar os sinônimos e antônimos.
4.      Questões a nível de decodificação:
a.      Por que o menino pediu uma avestruz de presente?
b.      No texto o narrador diz que a avestruz foi um erro da natureza. Por que ele acha isso?
c.      Quantos anos vive em média uma avestruz?
d.      Por que o fato do menino querer uma ave como essa, causa uma transtorno  para o narrador do texto?
e.      Qual é o foco narrativo do texto? Comprove com uma passagem do texto.
5)    Questões de interpretação:
a.      O narrador cita que a avestruz foi um erro da natureza. Você concorda com essa afirmação? Por quê?
b.      Que argumento o narrador utiliza para tentar convencer o garoto?
c.      O argumento foi convincente? Justifique.
 6)      Estimular os alunos a argumentar se é certo ou errado ter uma avestruz dentro de casa. Pesquisar na internet outros animais que eles achem exóticos, diferentes.  
7)    Você também já quis muito ter um animalzinho e por algum motivo alguém não permitiu que o tivesse? Comente.
 8)      Passar o filme “Marley e eu”. É nesse momento que o tema será contextualizado.
9)      Discussão oral sobre o filme e o texto lido. Deixá-los argumentar, perceberem a contextualização, comparando o filme, o texto e suas experiências vividas. Respeito aos animais e o habitat em que vivem, adquirindo senso de ética, cidadania e respeito ao próximo.
10)   Produção escrita: produzir, individualmente, um outro final para o texto e apresentar para a sala.
Avaliação: A avaliação deverá ser feita durante todas as etapas para a realização do trabalho. Ela deverá ser baseada em observações diagnóstica para que dessa maneira possamos trabalhar de forma significativa as dificuldades encontradas.

Colaboradores

SIMÉIA RAMOS DE OLIVEIRA
SONIA ALVES DA SILVA
SUELI ALVES DA SILVA PARRA
VALDILENE ANDREIA SCARPARO BALESTRERO

quinta-feira, 6 de junho de 2013

Experiências de leitura e escrita

Siméia Ramos de Oliveira

Minha experiência com  a leitura começou desde que nasci pois meus pais sempre leram muito e assim, sempre estive em contato com livros variados. Devido a isso, aprendi a ler de tudo. Meus pais são evangélicos   e, antes de iniciar meus estudos, já era matriculada na Escola Dominical da igreja que frequentávamos  e lá já aprendia, desde muito cedo, as histórias bíblicas,  fazíamos debates e usávamos constantemente dicionários e enciclopédias para interpretarmos os  textos bíblicos pois o vocabulário era muito rebuscado e  com duplo entendimento. Os professores eram muito bons e adequavam os textos para a nossa idade. Assim, quando iniciei meus estudos,já tinha um vocabulário bastante ampliado e fazia  uso correto da língua padrão. De  tudo oque já li na vida, não sei precisar qual autor ou qual livro foi o mais importante ou o mais interessante pois todos contribuíram na minha formação, porém , o livro Éramos Seis, da autora botucatuense  Maria José Dupré, foi uma das obras mais lindas  que eu li durante minha adolescência. Nessa época lia também, além de livros, Histórias em Quadrinhos: Zé Carica, Turma da Mônica e muita fotonovela.  Essa é uma parte da minha história      que nunca se completa pois cada vez que inicio uma leitura é como se recomeçasse tudo novamente.
                        

quarta-feira, 5 de junho de 2013

Minha primeira experiência com a Leitura

Minha experiência quando criança foi no início sofrido, pois a professora do primário não me deixava escrever com a mão esquerda (canhoto), por esse motivo eu escrevia com a direita (destra), só que, eu escrevia devagar, tinha dificuldades de acompanhar as atividades, tinha dores de cabeça.
             Minha mãe era chamada para reuniões, a professora sempre dizia que eu era devagar com as atividades, não conseguia escrever direito, mas fui questionada o motivo da minha dificuldade,  eu disse à ela que a professora me fazia escrever com a esquerda, ela pediu para o Diretor da escola onde estudava trocar de classe. Essa história também aconteceu com o meu irmão mais velho, acredito que antes os professores tinham a ideia de que as crianças que escrevessem com a mão esquerda, escreviam errado, penso que é uma forma de preconceito e exclusão, hoje devemos ter uma outra visão, acredito eu que é, o diferente é normal, não devemos ter discriminação e exclusão dos alunos, todos são normais e capazes de realizar tarefas de acordo com o seu potencial.

                Sempre minha mãe lia livros, contava história e me ajudava nas tarefas escolares, com o apoio adequado dela, meu aprendizado avançou, uma vez que eu tive que reaprender a escrever com a esquerda (canhoto).

domingo, 2 de junho de 2013

Primeiras experiências com a leitura

 
Minha experiência com a leitura começa bem cedo com meu pai contando a história. Digo a história porque ele sempre contava a mesma toda vez que era solicitado. E o mais intrigante era que nós, os filhos, sentávamos ao redor de um fogão de lenha e pedíamos para o meu pai repeti-la porque era muito fascinante ouvir a mesma história tão longa, mas tão envolvente. A história, era nada mais, nada menos que a do "Pavão Misterioso", que misturava príncipes e princesas, aventuras e ainda por cima, era em versos, trovas. Não entendíamos como o meu pai, com pouca leitura que tinha, conseguia decorar toda a história. Para nós aquele era um momento mágico, principalmente porque meu pai  era uma pessoa muito séria, pouco brincava com os filhos e não era um pai carinhoso.
    Minha segunda experiência já foi na Universidade. Confesso que tentei fugir a todo custo do curso de magistério porque eu amava a disciplina de matemática e queria continuar no mundo dos números. Aquilo me fascinava. Mas como minhas colegas faziam magistério lá fui eu, mesmo que a contragosto, porque eu não iria dar continuidade ao conteúdo da disciplina que eu tanto amava. Quando terminei o magistério prestei dois vestibulares: matemática em uma universidade particular e letras na universidade pública. Aí eu tinha diante de mim o que eu tanto almejava, o mundo dos números, mas fui para o mundo das letras, porque os recursos financeiros não eram tão propensos para eu ingressar no mundo dos números. E foi lá,  que eu encontrei uma professora que (como ela gostava de repetir essa palavra) era um "felômeno". Seu nome, Rita Félix Fortes. Sua aula era espetacular, aula de literatura era uma experiência única. Não sei como sabia tudo aquilo na memória. Foi com ela que adentrei e entendi o mundo da literatura brasileira e fascinei com vários autores, dentre tantos, Mariana Colasanti, Rachel de Queirós, Lima Barreto, Moacir Scliar, etc.E hoje tento  reproduzir essa minha experiência em sala de aula, porque aprendi a amar e entender a língua  porque fui motivada e isso eu agradeço ao grandes mestres dessa universidade.

sexta-feira, 31 de maio de 2013

Depoimentos de experiências com a leitura e a escrita que ficaram em nossas memórias.


Engraçado como certas experiências que ocorreram em nossa infância nos marcam para a vida toda. Lembro-me do meu primeiro ano na escola, a antiga primeira série. Eu tinha uma certa dificuldade em leitura, pois não tinha feito o pré, entrei direto na primeira série. Enquanto minhas colegas de sala liam eu estava ainda na fase da leitura " em soquinhos", com muita dificuldade. Meu pai e minha mãe sempre trabalharam muito e não tinham tempo para me acompanhar na escola ou ler para mim. Eles foram criados no sítio, não tiveram estudo, portanto não tinham essa cultura, em outras palavras , não eram letrados. Enfim, eu tinha muita vontade de ler, ler como minhas colegas de sala. Nós éramos alfabetizados na cartilha e eu ficava muito, mas muito curiosa mesmo para saber o que dizia o texto cuja figura era uma baleia, o jacaré, a girafa. Então comecei a ler a cartilha quando chegava em casa. Todo dia eu  ficava horas deitada na cama da minha mãe tentando ler os textos abaixo das figuras.Eu gostava de ficar no quarto dos meus pais porque o sol batia diretamente sobre a cama e a luz era melhor. Em pouquíssimo tempo eu já estava lendo, e lendo muito bem, tanto que a professora ficou tão impressionada com a minha evolução que me colocou sentada na primeira carteira, onde eu sempre era a primeira a começar a ler os textos que iríamos estudar. Lembro-me dessa passagem com muito orgulho, orgulho de ter superado um obstáculo. Ao invés de deixar o problema me vencer, eu o venci. Hoje leio 4 ou 5 livros por mês e sou profundamente apaixonada pela leitura!